quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cápsulas e coisas perdidas no tempo



Miss Belvedere


Em 1957 um Plymouth Belvedere 0 km a cheirar a novo foi fechado num sarcófago de betão para supostamente sair do mesmo modo no distante ano de 2007.



Há 50 anos atrás o belíssimo Belvedere branco e dourado foi enterrado numa campa de betão armado e embrulhado em papel especial no motor e na carroçaria. O objectivo seria transformá-lo numa cápsula do tempo para que as gerações vindouras soubessem como era a sociedade de Tulsa em 1957.
Junto com o veículo foram enterradas, uma grade de cerveja de uma fábrica local, mapas de Tulsa, um bidão de gasolina (diziam que em 2007 a mesma seria inexistente) fotografias várias, cartas de cidadãos e dos dirigentes locais e um microfilme que contém a resposta para o futuro proprietário do (velho) novo Plymouth Belvedere. O concurso dava como vencedor aquele que estiver mais próximo do número actual de habitantes de Tulsa, se não estiverem vivos em 2007, serão os herdeiros a levar para casa o Plymouth.










Assente em quatro preguiças e embrulhado para resistir a 50 anos debaixo da terra o outrora reluzente Plymouth estava completamente corroído e impossível de restaurar. O desapontamento dos organizadores era visível mas pelo menos o contentor com o microfilme e as mensagens estava impecável. 


O vencedor foi um homem que em 1957 passava por Tulsa e por acaso concorreu, deixando o seu palpite. O legitimo proprietário do carro morreu com cancro em 1979 e não teve filhos, a sua esposa morreu em 1988. O herdeiro trata-se de um sobrinho deste senhor que, de acordo com o tablóide Tulsa News, irá levar o Plymouth numa Road Trip (de reboque) até Nova Jérsia de modo a que seja desenferrujado por a firma Ultre One que vende um "milagroso" removedor de ferrugem:



O novo dono do Plymouth afirma que não será um restauro mas sim uma limpeza...


 O pombo-correio inglês 

David Martin um pensionista britânico decidiu que havia chegado a hora de fazer obras na lareira e chaminé da sua casa em Surrey. Ao começarem os trabalhos uma quantidade assinalável de sujidade e dejetos trouxeram consigo o esqueleto de um pombo-correio prontamente identificado pelo pequeno canudo numa das patas. Para surpresa do locatário o canudinho vermelho continha uma mensagem codificada ao estilo Código de Da Vinci e a informação que a ave havia nascido no ano de 1940, em plena II Grande Guerra.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2226203/Skeleton-hero-World-War-II-carrier-pigeon-chimney-secret-coded-message-attached-leg.html?ito=feeds-newsxml

De acordo com os historiadores os pombo-correio foram de grande utilidade durante o conflito e terão sido lançados mais de 250.000 com mensagens secretas. A velocidade de 1 milha por minuto destas aves e o seu sentido de orientação permitiam que atravessassem as linhas do inimigo com informações cruciais para os militares e serviços secretos. Este herói alado terá sido lançado no Dia D e por motivos desconhecidos (cansaço, inalação de fumos tóxicos) pereceu na chaminé sendo encontrado 67 anos depois nesta nossa sociedade tecnologicamente avançada que quase instantaneamente divulgou na Internet a sua heroica tarefa e missão.

Dentro do canudo encontrava-se uma mensagem codificada - que está a fazer as delicias dos aficionados - de 27 códigos com uma combinação cinco números e letras enviada por "Sergeant W. Stott" para o destinatário XO2 que se supõe ser o Quartel General  de Bletchley Park em Buckinghamshire.

Por enquanto especula-se o teor da mensagem mas tudo aponta para que estivesse relacionado com o desembarque na Normandia. Esperemos que a tal sociedade tecnologicamente avançada deslinde o mistério de tempos em que ainda se escreviam cartas com tinta e papel e onde os telefones eram considerados um bem de luxo. 


O Pontiac Bonneville Safari perdido nas areias da Califórnia


Fonte: http://hooniverse.com/2012/06/11/hooniverse-modern-art-monday-a-1964-pontiac-bonneville-wagon-as-still-art/


Nos anos 60 o automóvel Made in USA tinha de ser cromado, enorme, largo, comprido e de preferência com um motor V8 acoplado a uma pachorrenta caixa automática. O Pontiac Bonneville tinha tudo isto mais uma área de carga que tornava as station wagon americanas autênticas cavernas motorizadas.

O carro em questão apareceu um dia destes numa praia californiana mais propriamente em Morro Bay Califórnia na praia de Sand Spit. Supõe-se que terá sido abandonado (perdido, roubado ou esquecido) no ano de 1973 - de acordo com Mike Baird o autor das fotos e descobridor do achado. 

Fonte: http://www.oldcarbrochures.com

Pouco ou quase nada se sabe sobre o automóvel. Especula-se que algures nos anos setenta o seu proprietário deixou-o na praia e nunca mais o viu. Sand Pit, pelo que apurei, é uma praia com características particulares onde as tempestades de areia e marés-vivas são frequentes. Eventualmente o patilhas boca-de-sino e camisola de gola alta que o conduzia ou estava cansado das avarias ou fumou uns canhões com uns amigos numa noite qualquer para no dia seguinte encontrar apenas o mar, areia e gaivotas.

Quase quarenta anos depois sobrevivem na carcaça corroída os para-choques cromados e algumas partes do interior em vinil, esse tecido tão típico dos anos 70.  O autor confirma que o Pontiac desapareceu dias depois engolido novamente pelas areias californianas. Será que só o iremos ver de novo em 2050? 




Meretricum antiquitatis*

Eventualmente um dos antepassados de Rocco Siffredi em jogos sexuais em Pompeia

A história de Pompeia é conhecida por muitos. Corria o ano de 79 d.c. quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção enterrando em lava, cinzas e pedras a então populosa cidade de Pompeia. Só no século XVIII se procederam a escavações arqueológicas que revelaram em grande detalhe a vida dos seus habitantes e os seus últimos momentos – conservados em cinzas e muitos apanhados pela nuvem piroclastica semelhante, em parte, a uma explosão nuclear. Afastado do centro da urbe uma descoberta insólita, um lupanario vulgo bordel ou mais comumente uma casa de putas. 

O edifício perfeitamente conservado revela frescos eróticos e é constituido por dois pisos. De acordo com os historiadores o rés-do-chao seria para os clientes menos abastados e o piso superior para os que tinham mais Sestércios – não se sabe contudo se a qualidade das meretrizes era correspondente ao piso ou não mas supõe-se que sim. Aparte dos frescos os graffiti (inscrições nas paredes) são reveladores do tipo de frequentador de tais instalações; Hic ego puellas multas futui (Aqui **** muitas moças) ou Felix bene futuis (Sortudo, **** bem) entre outros. Eventualmente teriam sido escritos enquanto esperavam pela sua vez. 

O bordel com quase 2000 anos no cruzamento da Via dell’Abbondanza

Numa investigação feita por arqueólogos não se encontraram vestígios de portas ou mobiliário supondo-se que se houvesse algo para esconder as poucas vergonhas só mesmo cortinas que teriam sido destruídas pela erupção e pelo tempo e um colchão serviria de leito para as fornicações.

Não foram encontrados restos humanos no lupanário de Pompeia.

* Velha prostituta

Fonte: Wikipédia

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